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simpósios temáticos

Relação dos trabalhos aprovados e programação de apresentação acesso aqui.

Simpósio Temático nº 01

Ensino de História

 

Proponentes: Prof. Dr. Adilson Brito (UFPA) e Prof. Me. Ernesto Padovani (SEDUC-PA)

 

Resumo:  O Simpósio Temático tem como objetivo principal reunir múltiplas experiências de pesquisa no campo do Ensino de História, sejam resultados parciais e finais de investigações, relatos de experiência didática, projetos e problemas de pesquisa construídos, assim como a apresentação de materiais e produtos didáticos-pedagógicos, aplicados ou não ao ensino, que possam contribuir com a discussão ampliada das variadas abordagens que atualmente integram as reflexões sobre os complexos processos de ensino-aprendizagem da história escolar. Outrossim, o ST procurará afinar dialogicamente os elementos constituintes da pesquisa no Ensino de História, entre estudantes e pesquisadores/as dos cursos de Licenciatura, da pós-graduação e de docentes da rede básica de ensino público e particular, a partir de suas abordagens, objetos e perspectivas de estudo, com o intuito de proporcionar uma discussão mais aprofundada do campo intelectual do Ensino de História no Pará e no norte do Brasil, entre os/as participantes inscritos/as.

Simpósio Temático nº 02

Diversidade, Fronteiras e História: viveres e saberes na Amazônia

Proponentes: Profa. Dra. Karla Rascke (UNIFESSPA) e Profa. Dra. Valéria Melo (UNIFESSPA)

Resumo:  Conhecida, sobretudo, pela riqueza biológica, a Amazônia é lugar também de diversidade étnica, social e/ou cultural. Este aspecto é, entretanto, muitas vezes invizibilizado/silenciado. O processo de silenciamento está relacionado, entre outras coisas, com a transposição da diferença em uma diversidade genérica e com o apagamento deliberado de sujeitos e grupos sociais da história oficial da região. Somos remetidos, portanto, à importância do exercício de lançar luz, sobre os modos de existir e fazer e sobre a agência de sujeitos e coletivos sobre os quais a história escrita sobre a Amazônia ainda nos diz pouco. Assim, tomando a ciência histórica enquanto campo que se articula com tantos outros campos de conhecimento, o presente Simpósio pretende articular reflexões/pesquisas acerca da diversidade e suas fronteiras na(s) Amazônia(s). Interessa-nos, neste sentido, reflexões que possibilitem conhecer e compreender saberes, viveres e formas de articulação de povos e comunidades do campo, povos indígenas e quilombolas, comunidades negras, movimentos do campo e das cidades, e outras múltiplas formas de agrupamento dos diferentes sujeitos da Amazônia. Tendo em vista a presença marcante desses sujeitos nas escolas e nas Universidades situadas na região amazônica, emergem como significativas também reflexões que se ocupem em problematizar a maneira como tem se dado, ou não, a inclusão efetiva de pretos, pardos, indígenas, quilombolas e estudantes do campo nos espaços escolares.

Simpósio Temático nº 03

Ensino de História presencial mediado por mídias no Estado do Pará antes e depois da pandemia

 

Proponente: Profa. Dra. Patrícia Cavalcante (FIBRA/SEDUC-PA)

 

Resumo:  Abordar a importância de novas metodologias aplicadas ao ensino de história através da experiencia do sistema educacional interativo, implantado no Estado do Pará pela secretaria de educação, observando o ensino do componente curricular história dentro desse contexto. Assim, a reflexão sobre a experiencia dos professores de história em tempos de pandemia em que o ensino é remoto passa a ser uma realidade, conhecer e dominar novas tecnologias é fundamental.

Simpósio Temático nº 04

Instituições, agentes, saberes e práticas científicas: entre o local e o global (século XVIII ao XX)

 

Proponentes: Prof. Me. Adson Rodrigo Silva Pinheiro (UFF) e Prof. Me. Raick de Jesus Souza (UESB)

 

Resumo: A História das Ciências, no Brasil, enquanto uma área de ensino e um campo de investigação é relativamente recente, remontando aos primeiros programas de pós-graduação do país, implantados durante a segunda metade do século XX (DANTES, 2001; 2005; FIGUERÔA, 1998; 2000; STEPAN, 1976), mesmo que a institucionalização das “ciências” tenha se dado entre nós timidamente já no final do século XVIII e se expandido no século seguinte, estando ligada a própria construção da jovem nação (FERREIRA; 2007; DOMINGUÊS, 1996; FERNANDES, 1990; MOTOYAMA, 2004). Desde sua afirmação enquanto um campo de investigação e uma disciplina acadêmica, especialmente voltada a pós-graduação, a História das Ciências tem possibilitado o surgimento de valiosos estudos nas áreas de História Social, ao buscar compreender as complexas e multifacetadas relações entre instituições, agentes, saberes e práticas científicas, sejam a partir das dinâmicas internas ou mesmo das diversas redes internacionais de sociabilidade profissional. O objetivo deste Simpósio Temático é agregar pesquisadores e reunir investigações na área de História das Ciências, cujas abordagens estejam em torno  de ideias, ações e práticas institucionais laicas e religiosas; dos agentes envolvidos com as ciências naturais; dos viajantes-exploradores; das comissões científicas e artísticas; das feiras, exposições e conferências; dos saberes e práticas científicas em circulação localmente ou possibilitadas pelas interações externas com outras organizações e indivíduos, sejam a partir da importação ou exportação de saberes, instrumentos, técnicas ou espécimes. Dessa forma, espera-se contemplar as múltiplas e complexas redes de interações existentes no Brasil e suas relações internacionais, a fim de compreendermos melhor a História das Ciências, no Brasil, em suas diversas matizes, abrindo espaço para novos contextos, personagens, metodologias e questionamentos acerca do nosso passado mais recente. Sendo assim, este torna-se um espaço para novos e velhos objetos do campo da História das Ciências, pensados a partir dos mais recentes avanços teórico-metodológicos da área, estando essas investigações em fase inicial, em curso ou já finalizadas.

Simpósio Temático nº 05

Resistência da Sociedade Civil em Tempos de exceção

 

Proponentes: Prof. Me. Geovane Batista da Costa (UFRGS) e Profa. Me. Emília Grizende Garcia (UFJF)

 

Resumo: Segundo Foucault (1999), poder é o ato de governar a conduta dos outros e prever suas possibilidades de ação, isto é, uma relação de forças da qual nada e nem ninguém escapa, e pressupõe necessariamente os contra-ataques, a resistência, pois não há relações de poder sem resistências. As resistências, assim como o poder, são móveis, não são idênticas, e, conforme Maria Rita Kehl (2014: 342), são constituídas por dois elementos: 1) convicção de uma correlação de forças adversas, que tem uma prática política que se sustenta num exercício de esperança, prudência e exposição pública, já que deixa a proteção do anonimato do mundo privado; e, 2) a luta de resistência, que tem como essência a defesa da liberdade, uma luta que se forma em torno dos direitos, da legalidade e da justiça. Portanto, as resistências têm em comum a adoção de formas de defesa e de ação contra o poder dominante. Conforme Kehl (2014: 342), uma atuação no campo da resistência teria como objetivo “mobilizar a sociedade (ou mobilizar grupos dentro dela), de maneira concertada, em torno de três pontos principais: a defesa e o exercício dos direitos; o enfrentamento da violência e do poder arbitrário; a retirada do consentimento ao governo ditatorial”. Partindo dessas colocações, resolvemos criar este simpósio, que tem como objetivo reunir trabalhos que abordem formas de resistência em períodos ditatoriais ou totalitários no Brasil - Estado Novo ou na ditadura civil-militar - e no mundo. Vale ressaltar que entendemos as manifestações culturais, que também tinham conotações políticas, como produtoras de aceitação, colaboracionismo ou acomodação aos projetos políticos autoritários, a partir de mobilizações através do plano imagético, sentimentos, identidades e valores que conduziam. Entendemos também que algumas manifestações culturais se tornaram frentes de resistência cultural, reiterando elementos de oposição aos projetos políticos impostos. Dessa maneira, nosso intuito ao formular tal proposta, corresponde a uma tentativa de fomentar troca de Conhecimentos, de modo interdisciplinar, entre pesquisadores que analisem em Estados de exceção as formas de resistência na esfera cultural, nos mais diversos suportes, seja através de textos jornalísticos imagens e representações, produções audiovisuais e sonoras, entre outras. Cientes do crescimento do revisionismo histórico baseado na negação e manipulação de evidências, é de grande importância para a compreensão da História Contemporânea, a reflexão e a interlocução de pesquisas que entrelacem cultura e política, seja por meio de manifestações artísticas colaboracionistas que reiteravam posturas políticas conservadoras, seja por produções artísticas e intelectuais engajadas que expressavam ações de resistência, voltadas a conquistar direitos políticos, bem como espaços de fala aos socialmente marginalizados. Neste sentido, convidamos a todos que tenham objeto de pesquisa correlato ao simpósio, a se juntar ao debate.

Simpósio Temático nº 06

Arte, Literatura e História na Amazônia Global

 

Proponentes: Prof. Dr. Aldrin Moura de Figueiredo (UFPA) e Prof. Dr. Heraldo Márcio Galvão Júnior (UNIFESSPA)

 

Resumo:  A proposta deste Simpósio Temático é agrupar estudos acerca da arte e da literatura na Amazônia brasileira e nas fronteiras da América do Sul, Atlântico e Caribe, reunindo pesquisadores interessados em problematizar os processos de criação, circulação, apropriação e consumo da arte e da literatura, tal como refletir sobre sua condição enquanto fonte histórica. Compreendemos a Amazônia Global enquanto espaço de fronteiras, de políticas transnacionais e relações sociais, intelectuais e econômicas em escala mundial. A arte e a literatura são campos da universalidade e nas conexões internacionais de disputa, por exemplo, o modernismo esteve no epicentro dos debates via vanguardas, manifestos, orientalismo no ocidente, ocidentalismo no oriente, entre outras questões. Dessa maneira, consideramos, além das dimensões estéticas e literárias das obras e de seus autores, a inserção da arte e da literatura no movimento da história da Amazônia Global, atentando para os meios pelos quais se inserem no contexto de sua produção e circulação.

Simpósio Temático nº 07

Diálogos com as muitas artes de curar nas Amazônias/Pan-Amazônias: Possibilidades de confrontos com a colonização da escrita

 

Proponente: Prof. Dr. Sérgio Roberto Gomes de Souza (UFAC)

 

Resumo: Este Simpósio Temático (ST) visa congregar trabalhos de pesquisas e ensaios voltados para discutir as múltiplas artes de curar desenvolvidas nas Amazônias e Pan-Amazônias. A perspectiva é dialogar com a constituição social e histórica desses saberes/fazeres, bem como com as relações que mantiveram com instituições públicas e setores letrados da sociedade brasileira, no geral, caracterizadas por paradoxos. Observe-se que não era possível as elites simplesmente negarem ou ignorarem essas práticas, devido à inserção e legitimidade que tinham junto à considerável parcela da população, como ressalta Luiz Otávio Ferreira (2003). Muitas são as narrativas que tratam sobre as artes de curar nas Amazônias/Pan-Amazônias. O padre francês Constant Tastevin (1926), por exemplo, escreveu em relatório de viagem produzido durante ação missionária realizada no rio Tarauacá, no ano de 1926, que o uso de plantas e ervas fazia parte do cotidiano das populações locais, que as utilizavam para o tratamento de uma diversidade de moléstias. Também existem escritos e relatos sobre a constituição dessas práticas enquanto delito. Aldrin Moura de Figueiredo (2003; 2013) escreveu sobre incursões realizadas pela polícia paraense contra pajés, no limiar do século XX, e sobre o mal-estar que as barracas dos pajés, armadas em frente ao Museu Goeldi, provocava em parte dos habitantes de Belém, no ano de 1922. Compreende-se, dessa forma, que a importância dessa proposta está na possibilidade de problematizar com discursos/narrativas de viajantes que falaram pela Amazônia, silenciando e invisibilizando sujeitos sociais que habitavam/habitam nesses múltiplos territórios. A historiadora Neide Gondim nos diz que a Amazônia é uma invenção, desenvolvida “a partir da construção da índia, fabricada pela historiografia greco-romana, pelo relato dos peregrinos, missionários, viajantes e comerciantes” (GONDIM, 1994, p. 9). Tais viajantes, de diferentes maneiras, realizaram ações de colonização com intuito de usufruir do espaço, suas riquezas naturais e valer-se da mão de obra, saberes e fazeres das populações já estabelecidas na região promovendo, em alguns casos, o desmantelamento de diversas culturas/modos de vida. Lembra o historiador Gerson Rodrigues Albuquerque que os ditos viajantes também foram responsáveis por processos de colonização da escrita, importante fator para a representação da Amazônia “enquanto um todo fechado em torno de uma cultura exoticamente singular” (ALBUQUERQUE, 2015, p. 10). Observe-se que, segundo o historiador Júlio Cesar Schweickardt (2011), clima e meio ambiente integram as diversas teias narrativas que inventaram a “Amazônia”. Nesse contexto, se desenvolveu uma estreita relação entre o que se denominou como “clima tropical” e uma diversidade de quadros nosológicos. Nos trópicos inventados, permearam preceitos vinculados ao determinismo climático, darwinismo social e evolucionismo. As características climáticas, definidas nas rotas da colonização, muito contribuíram para a representação da Amazônia enquanto um espaço tropical por excelência, local de prevalência do calor, umidade, floresta, abundância de água e uma diversidade de animais e insetos. Também a delineou como retrátil à presença humana. Nesse contexto, recorrendo novamente ao historiador Júlio Cesar Schweickardt (2011), percebe-se que se constituiu uma imagem romântica de que “a natureza tropical como espaço de não cultura é um paraíso, mas se transforma em inferno com a presença do homem, quando este é invadido por pragas e doenças” (SCHWEICKARDT, 2011, p. 47). Euclides da Cunha (1999), ao tratar sobre as dificuldades de viajantes se adaptarem ao local, chegou a afirmar que, na Amazônia, ocorreu uma “seleção telúrica” que expurgou os “menos aptos”. Observe-se que Cunha desconsidera as populações locais quando faz tal afirmação, referindo-se aos que se dirigiram para a região no decurso da constituição dos seringais amazônicos, a partir do final do século XIX. Assim, vale ressaltar que perpassou todo o processo de elaboração dessa proposta o intuito de constituir um espaço de reflexões e análises, que priorizem contraposições à concepções que tentam sacralizar uma visão única sobre as Amazônias. Esse movimento intenciona expressar um posicionamento político, que tem por intuito descolonizar a escrita, expandindo os diálogos com diferentes atores sociais, perspectivas e intepretações sobre a região, o que contribuiria para “reimaginá-la”. Nesse caso, tendo como referência Nenevé e Sampaio (2015) esse movimento se daria através de um reimaginar de dentro, o que significa redizer e desdizer, significa ressignificar e repensar as definições e conceitos sobre esses diversos territórios sociais e suas populações.

Simpósio Temático nº 08

História, Fontes visuais e ficcionais

 

Proponente: Prof. Me. Márcio dos Santos Rodrigues

 

Resumo: O Simpósio Temático pretende reunir trabalhos que, de forma teórica e prática, recorrem aos usos de variadas fontes que correlacionam figuração e ficcionalidade – como é, por exemplo, o caso das histórias em quadrinhos, charges, caricaturas, cartum, desenhos animados, videogames, seriados, videoclipe e outros objetos da cultura da mídia/indústria cultural – para a compreensão e análise de distintos contextos sociais. O que nos interessa também são as relações entre História e ficção que norteiam as abordagens críticas de produções que se predispõem a analisar tais tipologias de fontes. Levamos em consideração as recentes definições e conceitos sobre o que são os materiais documentais de alcance ao ofício do historiador, assim como as renovações de práticas empíricas, que têm permitido a incorporação dessas novas formas de evidências históricas. Além disso, chamamos a atenção do historiador para a interdisciplinaridade, de modo a ampliar os métodos que sistematizam o trabalho com esses novos tipos de documentos e aproximam a História de outras áreas de conhecimento. Buscam-se trabalhos que analisam esses objetos culturais, até então desconsideradas pelos historiadores, e que examinam como eles se configuram como mecanismos principais ou complementares para a compreensão de processos históricos. Serão acolhidos também trabalhos que apresentam por meio da bibliografia específica, as metodologias e teorias referentes à utilização destes documentos em atividades direcionadas não apenas ao campo da pesquisa, mas do Ensino de História. Espera-se com este ST debater e refletir sobre a as maneiras e procedimentos a serem adotados na abordagem desses materiais de pesquisa, bem como enriquecer a construção do conhecimento histórico, potencializando novas abordagens historiográficas. Com a ampliação do interesse de pesquisadores em tais fontes e das diversas possibilidades analíticas, o simpósio responde a uma demanda da historiografia contemporânea.

Simpósio Temático nº 09

Pesquisa em História por meio das fontes hemerográficas

 

Proponentes: Prof. Dr. José Pereira de Souza Júnior (UPE) e Prof. Oslan Costa Ribeiro (Mestrando/PPGH- Universidade Federal de Campina Grande- UFCG)

 

Resumo: O objetivo deste ST consiste em reunir pesquisas em andamento ou concluídas, que utilizam fontes hemerográficas constituídas tradicionalmente, por textos impressos, ou publicação por outros meios, como os digitais, em forma de periódicos, jornais, revistas e outros, e a busca dessas fontes de pesquisa em História – tanto em espaço físico (arquivos públicos) como virtual (hemerotecas digitais) – sobre os fenômenos religiosos, culturais, políticos e sociais. Buscaremos neste ST abrir um espaço para o diálogo acadêmico sobre novas tendências e novos olhares na abordagem de pesquisas na área de História que utilizem tais fontes e temas.

Simpósio Temático nº 10

Educação Patrimonial e Cidadania

 

Proponentes: Prof. Me. Daniel R. Tavares (SEDUC/SEMEC) e Prof. Me. Rafael P. A. de Castro (SEDUC)

 

Resumo: O objetivo deste Simpósio Temático é reunir trabalhos que estejam relacionados a experiências diversas no campo da Educação Patrimonial e no trato dos bens culturais, vivências que em si trazem consigo estratégias de fortalecimento da cidadania, a partir da cultura e da memória históricas. Projetos em andamento, concluídos, ou de constante aplicação são todos muito bem vindos. Ademais, pesquisas em torno do patrimônio, como podemos relacionar a herança cultural à História e/ou ao Ensino da História, e como podemos utilizar o aprendizado cultural e histórico na construção de cidadãos críticos, reconhecedores de seu papel de sujeitos sociais e transformadores da realidade também englobam a ideia geral do ST.

Simpósio Temático nº 11

A floresta em sala: Abordagens, perspectivas e práticas do Ensino de História Regional e local na/da Amazônia

 

Proponentes: Prof. Me. Paulo de Oliveira Nascimento (IFAM/ Campus Eirunepé)

 

Resumo: Um dos grandes desafios para o Ensino de História, e para a escola como um todo, tem sido proporcionar uma aprendizagem significativa para os alunos e alunas. Para tanto, busca-se nos conteúdos escolares, nas abordagens e nos recursos didáticos pedagógicos meios para tornar atrativos os processos de ensino e aprendizagem. A História Regional e Local emerge enquanto parte desse processo, uma vez que tem por objetivo situar os sujeitos históricos no lugar e faze-los perceber o seu protagonismo, suas identidades regionais e étnicas, seu papel enquanto cidadãos, numa perspectiva relacional entre o local, o regional e o global. A Amazônia, enquanto uma região, destaca-se pela exuberância de suas árvores, dos seus rios, do conjunto da fauna. Além das especificidades ambientais, também os grupos sociais que aqui vivem trazem características que são resultam dos processos históricos e das relações estabelecidas, seja com o ambiente natural, seja entre si. Ao longo dos séculos, os povos indígenas ocuparam as terras amazônicas, se estabelecendo nas margens dos rios ou nas matas, caçando, pescando e praticando a agricultura. Posteriormente, grupos colonizadores adentraram na região, estabelecendo contatos interétnicos e promovendo complexas relações sociais, políticas, econômicas e culturais, cujos resultados são perceptíveis na composição do espaço e dos grupos sociais que vivem nas cidades, nos “seringais”, nas aldeias. É objetivo deste Simpósio Temático reunir professores, pesquisadores, estudantes, gestores que atuam na educação básica, superior e na pós-graduação para exposição de temáticas, práticas e vivências produtoras de experiências significativas nas salas de aula cujas temáticas versem sobre a História Regional e Local, a fim de construir um espaço de partilha, diálogo e reflexão acerca da oferta de uma educação que valorize as especificidades regionais e suas relações com contextos globais. Considerando a necessidade cada vez mais crescente de se discutir as questões regionais e locais na educação e o papel que a escola tem a desempenhar neste processo, esta proposta se justifica na medida em que visa proporcionar um espaço em que será possível vislumbrar as atuais condições e formas que têm tomado o estudo da História Regional e Local no ambiente escolar; e de problematizar a extensão destas práticas e discursos na sociedade, uma vez que a escola é um dos espaços privilegiados na formatação das identidades sociais. Diante do exposto, neste Simpósio Temático serão aceitos trabalhos que coloquem em diálogo metodologias (aulas expositivo-dialogadas, rodas de conversa, produção de materiais em vídeo, áudio, etc.), recursos didáticos (livros didáticos, filmes, aulas de campo, acervos documentais, exposições em museus, etc.), e fontes históricas (jornais, pinturas, fotografias, monumentos, memórias, etc.) que versem sobre a História Regional e Local da/na Amazônia, contemplando os aspectos étnicos, sociais, culturais, econômicos e ambientais. Trata-se, portanto, de congregar experiências didático-pedagógicas concebidas e realizadas com alunos do ensino básico, superior e de pós-graduação, nas escolas públicas e/ou privadas, a partir de abordagens interdisciplinares e na perspectiva de uma escola diversa e cidadã. Acreditamos que é papel do Ensino de História Regional e Local fazer os alunos e alunas se perceberem enquanto sujeitos partícipes da História. Além disso, faz-se mister a desnaturalização das desigualdades sociais, da pobreza, da violência, da exploração econômica, do descaso público, do preconceito e discriminação, destas e de outras mazelas que se abatem sobre a maioria dos grupos sociais da Amazônia. Nesse processo, a História Regional e Local deve assumir o protagonismo, partindo das realidades locais e regionais e problematizando a construção histórica dos grupos, das comunidades, das cidades e da própria região, num movimento que promova o (re)conhecimento e a valorização de todos que vivem e compõem a Amazônia.

Simpósio Temático nº 12

História Militar

 

Proponentes: Profa. Dra. Andrea Petry Rahmeier (FACCAT) e Profa. Me. Bárbara Tikami de Lima (Doutoranda PPGH UNISINOS)

Resumo: O presente simpósio temático objetiva promover o diálogo entre pesquisadoras e pesquisadores cujos trabalhos versam ou tangenciam a História Militar. Uma área do conhecimento que se manifesta no ambiente acadêmico brasileiro desde a década de 1990 e nele vem se consolidando, sobretudo nos últimos anos com as edições do Simpósios Nacionais de História Militar (2016, 2017 e 2018) e a criação do GT Nacional de História Militar (2018). Além da redemocratização do país esta expansão da área se deve à aproximação das temáticas castrenses da perspectiva de história problema proposta pela Escola dos Annales e ao distanciamento de uma produção historiográfica restrita aos aspectos técnicos e táticos da batalha, a construção de narrativas patrióticas, comemorativas e grandiloquentes. Outrossim, destacamos que o estudo da história militar não implica em apologia ao militarismo – algo que as coordenadoras deste simpósio rechaçam de modo veemente – bem como a necessidade de trabalhos que se debrucem sobre os militares e as Forças Armadas, dada a atual conjuntura do país. Assim serão aceitas comunicações que problematizem estes dois objetos e/ou versem sobre os diferentes conflitos bélicos de modo a abarcar as dimensões: políticas; bélicas; culturais; das relações exteriores; de gênero; bem como aquelas que contemplem a ação militar pelo ponto de vista do(s) sujeito(s) alvo desta ação.

Simpósio Temático nº 13

Ditaduras no Cone Sul: Lutas políticas e a busca por direitos

 

Proponentes: Prof. Me. Marcos Alesandro Neves (UFSM) e Profa. Me. Camila da Silva Almeida

(UFSM)

 

Resumo: Este Simpósio busca reunir trabalhos dos mais diferentes campos do saber, dedicados à investigação do tema sobre as ditaduras do Século XX no Cone Sul, em todas as suas dinâmicas, (seus antecedentes, a transição política, e sobre os processos de construção democrática) de modo especial, na relação com os Mundos do Trabalho (urbano e rural), pela luta por direitos, por memória e justiça, bem como sobre os usos públicos do passado (a utilização de referências históricas na contemporaneidade e o constante uso de anacronismos, que descaracterizam os fenômenos em suas especificidades, prejudicando assim análises mais amplas) e a história pública. Objetiva, também, analisar a classe trabalhadora durante as ditaduras civil-militares na Argentina, no Brasil, no Chile, no Paraguai e no Uruguai, sem perder de vista as importantes transformações sociais, econômicas e culturais desse período e seus desdobramentos, estando atento as especificidades das experiências locais e nacionais, verificando possíveis conexões entre elas. Em conjunto, busca-se tematizar a repressão e as resistências desse período histórico, além das relações de poder estabelecidas entre o Estado e as organizações políticas, partidárias, sociais, religiosas e demais aspectos sociais que façam parte do nosso recorte, com o intuito de proporcionar uma visão mais ampla do que está sendo proposto.

Simpósio Temático nº 14

O ensino de História ontem e hoje: Perspectivas e desafios para a educação do século XXI

 

Proponente: Prof. Me. Luiz Paulo da Silva Soares (FURG)

 

Resumo: Vivemos em um contexto, onde a escola pública, o professor e o ensino de História vêm sendo atacados cotidianamente. Nesse sentido, o tema proposto para este Simpósio Temático, visa reunir professores(as) da educação básica, pesquisadores do campo do ensino de História, que discutem questões relativas aos problemas do fazer pedagógico, do currículo de ensino de história na Educação Básica (Ensino Fundamental e Ensino Médio), buscando contemplar pesquisas e práticas docentes sobre as diferentes possibilidades de se ensinar e aprender História no século XXI. Para tal, a proposta acolherá trabalhos cujo objeto de análise serão: as novas fontes, objetos, produtos e sujeitos problematizados na pesquisa do campo de Ensino de História e suas diferentes dimensões socioespaciais, por meio da utilização de diferentes “produtos culturais” nos espaços escolares (FONSECA, 2012). Amparados em diferentes escolas teóricas, este simpósio, buscará através de discussões sobre o ensino de História, proporcionar reflexões que possam fomentar novas abordagens e métodos de tornarem o ensino de história significativo aos estudantes. Assim, este ST alinha-se com o escopo do XII Encontro Estadual de História da Anpuh/PA, no sentido de buscar aprofundar as experiências de pesquisa, ensino e extensão sobre o ensino de História e suas prerrogativas para a educação básica no contexto social.

Simpósio Temático nº 15

Ensino de História e o uso das imagens nos livros didáticos

 

Proponentes: Prof. Dr. Raimundo Nonato de Castro (IFPA) e Prof. Me. Leonardo Castro Novo (SEDUC/PA)

 

Resumo: Vivemos, indiscutivelmente, em uma era de informações associadas às imagens. Saber interpretar corretamente signos visuais tornou-se uma necessidade aos acadêmicos e profissionais do ensino, em especial, história. E por isso mesmo, o estudo associado às imagens se tornou uma das ferramentas mais utilizadas pelos professores de história para efetuar seu trabalho, tanto em pesquisas como no dia-a-dia em sala de aula. Contudo antes de simplesmente utilizar a imagem como uma simples ilustração ou um apêndice de suas aulas, debates ou discussões, o professor precisa compreender a imagem dentro de alguns parâmetros teóricos, pensar nela como parte integrante de um universo visual que pode ser de origem diversa, tais como, cinema, fotografia, história em quadrinhos, charges e as artes plásticas como um todo. O trabalho com imagens deve possibilitar discussões sobre as condições de produção daquela imagem, ou seja, o contexto social, temporal e espacial em que foi produzida. Assim podem-se perceber seus significados, tanto para a época e sociedade em que foi produzida como para outras sociedades, em outros períodos e contextos históricos. Segundo Peter Burke, as imagens não devem ser consideradas simples reflexos de suas épocas e lugares, mas sim extensões dos contextos sociais em que elas foram produzidas e, como tal, devem ser submetidas a uma minuciosa análise, principalmente de seus conteúdos subjetivos. Portanto, é preciso que se obtenha o máximo possível de informações sobre qualquer objeto iconográfico produzido, é preciso interrogá-lo, realizar uma leitura crítica, perceber quais são as intenções contidas no mesmo: como e quando foi produzido, sua finalidade, seus significados e valores para a sociedade que o produziu. O livro de História, por seu turno, estabelece a interação de dimensões diferentes (local, regional), o conteúdo presente deve levar o estudante desenvolver e compreender interpretações históricas através de momentos de investigação, pesquisa, conversa, diálogo, análise de registros documentais, fotografias, objetos, roupas, elementos que evidenciem as experiências vividas por homens e mulheres nos diversos tempos e espaços (CAIMI, 2010). A autora Claricia Otto defende que o “[...] ensinar história consiste num processo de construção do conhecimento a qual requer pesquisas mediadas pelo professor” (OTTO, 2009, p. 173). Na perspectiva da autora, ao desenvolver o ensino de história é sugerido que o professor estabeleça ligações de pesquisas, de leituras do livro que possibilite a produção de indagações sobre os conteúdos em sala de aula, envolver o aluno de forma a despertar o interesse, questionando, fazendo interpretações e relações do que é estudado e o que é vivenciado pelo estudante.

Simpósio Temático nº 16

Governos militares na Amazônia: Política educacional, conflitos e legislações agrária, a operação Amazônia e os direitos humanos

 

Proponentes: Profa. Dra. Edilza Fontes (UFPA) e Prof. Me. Davison Rocha (UNIFESSPA)

 

Resumo: O objetivo deste simpósio temático é reunir trabalhos que discutem os governos militares na Amazônia tendo os seguintes aspectos analisados: a política educacional, os conflitos e legislações agrária, a operação Amazônia e os direitos humanos ocorridos durante os governos militares no Brasil (1964-1985). O Simpósio Temático irá receber comunicações com os seus projetos em andamentos ou concluídos de iniciação científica, trabalho de conclusão de curso, dissertações de mestrados ou teses de doutorados que debatem alguma especificidade acima constituirão assim os temas de pesquisas em relação aos governos militares na Amazônia.

Simpósio Temático nº 17

Religiões e Religiosidades Pan-Amazônicas

 

Proponentes: Prof. Dr. Ipojucan Campos (UFPA) e Prof. Dr. Fernando Arthur (UFPA)

 

Resumo:  A reputação desse Simpósio Temático se concentra na diversidade. Este substantivo feminino é o seu ponto de partida. À vista disso, na Amazônia, os significados atribuídos pelos indivíduos à religião e à religiosidade escapam à compreensão de um observador apressado. Não é possível descortiná-las sem reconhecer, efetivamente, as suas complexidades, sem considerar/vislumbrar o labirinto das suas funções, modalidades e significados internos e externos. Por conseguinte, é mister afirmar que os estudos concernentes aos mais diversos eixos a envolvê-las jamais se ligaram ao unitarismo, porquanto, elas não possuem qualquer vocação para tal pressuposto, enfim, em nenhuma hipótese conseguem comportar visão única. Nesta escala, as variadas reflexões que se dedicam à religião e à religiosidade frequentemente estabelecem, através de métodos e teorias diferentes, jogos diversificados os quais são capazes de fabricar e deslocar concepções e interpretações acerca do fenômeno religioso. Em conformidade com isso, nos últimos anos, as reflexões a versar sobre religião e religiosidade nas Pan-Amazônias vêm despertando interesses de diversificadas áreas do conhecimento, dessa maneira, investigações que tenham como base teórica e metodológica a História, a Antropologia, as Ciências da Religião, a Geografia, a Teologia e áreas afins, são bem vindas neste Simpósio Temático.

Simpósio Temático nº 18

Práticas cotidianas nas urbes amazônicas: reflexão sobre lazer, segurança pública e sociabilidades

 

Proponentes: Prof. Dr. Itamar Gaudêncio (ESMAC/IESP-PA) e Prof. Me. Rodrigo Silva (ESMAC/SEDUC-PA)

 

Resumo: O simpósio busca refletir e problematizar os conceitos de lazer, cidade e Segurança Pública em sua construção histórico-social destacando o processo de Territorialização que se apresenta nas cidades amazônicas ao longo do século XX. Este debate possibilita a criação de políticas públicas de segurança relacionadas a dinâmica de memórias, identidades e práticas nas cidades da região e as novas relações socioambientais qualificadas que sinalizam o direito à cidade, à natureza e o desenvolvimento sustentável. Os diálogos suscitados por este simpósio abarcam um campo interdisciplinar, ampliando-se à todos os pesquisadores de ciências humanas, jurídicas e afins que percebem as cidades amazônicas como lócus de reflexões e análises sobre suas constantes transformações urbanas e sociais no mundo contemporâneo.

Simpósio Temático nº 19

Ensino de História e relações etnicorraciais

 

Proponentes: Profa. Me. Marley Silva (IFPA) e Profa. Me. Raimunda Sodré (IFPA)

 

Resumo: O estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena foi determinado pela lei 10.639/2003 e pela lei 11.645/2008. Tais legislações determinaram ainda que no ensino fundamental e médio, deve incluir em seu conteúdo, diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional. Contudo é importante ressaltar que o ponto central dessas Leis não é somente trabalhar os conteúdos sobre história da África, afro-brasileira e indígena, é acima de tudo reverter processos de estigmatização e construção de estereótipos negativos sobre o negro e o indígena difundidos no processo educacional. Diante da onda de intolerância e refinamento das práticas racistas e discriminatórias, as leis antirracistas veem sendo questionadas e sua importância diminuída no contexto nacional, na medida em que persiste na mentalidade vigente a ideia de convivência harmoniosa entre os grupos étnicorraciais, resultado da eficiente inculcação da ideologia da democracia racial. Neste sentido, entendemos que é sempre oportuno propor espaços de debate acerca da temática étnicorracial e descontruir discursos hegemônicos presentes nos currículos e no cotidiano escolar. O objetivo deste simpósio é reunir educadores e pesquisadores que desejem compartilhar suas experiências pedagógicas, discutir e propor reflexões sobre currículos, livros didáticos, além de outros documentos e experiências escolares, onde a questão etnicorracial seja o cerne.

Simpósio Temático nº 20

História e linguagens cinematográficas

 

Proponente: Prof. Me. Vinícius Piassi (UFRN)

 

Resumo: Esse simpósio pretende ser um espaço de diálogo transdisciplinar entre pesquisadores que se dedicam a aproximar a história dos domínios do cinema, do ponto de vista teórico ou metodológico, problematizando o campo de relações estabelecido entre a historiografia e as linguagens cinematográficas. Esperamos discutir a história e a historiografia do cinema e da cultura audiovisual, as narrativas históricas elaboradas nos filmes e as representações da história no cinema, a utilização de material de arquivo pelos cineastas, as metodologias de análise fílmica e as perspectivas de tratamento documental de fontes extra fílmicas. Assim, o simpósio busca acolher pesquisas que abordam o cinema em suas múltiplas formas: mainstream, independente, documental, ensaístico, experimental etc. tanto como objeto ou fonte para a construção do conhecimento histórico, quanto como “acontecimento, campo de forças ou sistema de relações” (PARENTE, 2012, p. 37, grifo do autor), considerando as potencialidades das imagens cinematográficas para além do dispositivo de representação.

Simpósio Temático nº 21

Dimensões históricas do Brasil e da Amazônia no Oitocentos.

 

Proponentes: Profa. Me. Eveline Almeida (UFOPA), Profa. Me. Isabel Creão Augusto (UFOPA) e Prof. Dr. Gustavo Pinto de Sousa (INES-RJ)

 

Resumo: O Simpósio nos convida a discutir as condições históricas e as estruturas sociais e políticas vigentes na Amazônia e no Brasil do Oitocentos. Período que abrange, principalmente, desde as transformações com a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 e se estende às primeiras décadas da República. Por isso, buscamos reunir professores, estudantes e pesquisadores interessados em pensar questões ligadas ao século XIX, como: revoltas e movimentos sociais, festas e religiosidade, relações de trabalho e escravidão, economia e relações de poder, cultura e sociedade, ciência e educação, trajetórias individuais e biografias, exercícios de liberdade e formas de resistência e agência, além de outros temas, enfatizando, quando possível, processos similares entre a Amazônia e as demais regiões que compunham o Brasil do Oitocentos, bem como suas diferenças. Visamos, desta forma, compartilhar experiências de pesquisa e docência, a fim de aperfeiçoar procedimentos de escrita da história, aspectos teórico-metodológicos e perspectivas do ensino de história. Pretendemos, assim, construir um diálogo amplo, propositivo e ao mesmo tempo, multifacetado, sobre o longo século XIX, com destaque para as especificidades da Amazônia. Entendemos que o Oitocentos, como um tempo histórico carregado de significados políticos e sociais profundos, que trouxe transformações fundamentais para a região amazônica, suscita muitos debates e nos ajuda a compreender nosso passado e nosso presente.

Simpósio Temático nº 22

Arquivos, documentos e sociedade: formação, trajetória e uso dos acervos documentais

 

Proponentes: Profa. Dra. Iane Maria da Silva Batista (UFPA) e Prof. Me. Leonardo da Silva Torii (SECULT/APEP)

 

Resumo: Acervos documentais como objeto de pesquisa permitem compreender uma diversidade de temas: a criação, apropriação e a legitimação de memórias coletivas, assim como as suas transformações; a noção de patrimonialização por parte do Estado ao longo do tempo; as necessidades governamentais ou dos grupos sociais; as mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na sociedade. Entre os estudos acadêmicos nas áreas da História e da Ciência da Informação voltados a análises de acervos históricos sob o ponto de vista de sua criação, transformações e apropriações, tem se consolidado a compreensão que o documento é uma construção histórica/social, tanto da perspectiva da sua trajetória, quanto dos valores (informativo e probatório) que ele vai adquirindo posteriormente. Nessa perspectiva, todos os documentos que foram acumulados e reunidos em um arquivo ou um acervo receberam algum tipo de tratamento: identificação, classificação, avaliação (eliminação) e difusão, que em geral não eram os métodos já preconizados pela Arquivologia e sim escolhas extremamente subjetivas de seus gestores. Os documentos históricos, pois, podem ser entendidos como produtos da sociedade que os criaram. O simpósio temático se propõe, portanto, a reunir estudos que discutam os arquivos como construções socioculturais que envolvem relações de poder nos distintos contextos de sua criação, guarda e apropriações. Desse modo, são esperadas contribuições que respondam, entre outras, às seguintes indagações: O que são estes acervos? Como foram constituídos? Como e onde estão guardados? Quais são seus usos, valores, apropriações e ressignificações?

Simpósio Temático nº 23

Dinâmicas sociais, culturais e política na Amazônia do Tempo Presente

 

Proponentes: Prof. Dr. Pere Petit (UFPA) e Prof. Dr. Airton Pereira (UEPA)

 

Resumo: A proposta deste simpósio temático é reunir pesquisadores de diversas áreas do conhecimento cujos objetos de estudos tenham como referência o tempo presente articulando diferentes dimensões das experiências dos diversos sujeitos na Amazônia. É importante salientar que transformações significativas ocorreram a partir da década de 1980 nos diferentes campos da pesquisa histórica, deslocando-se os interesses: as redes, as situações vividas, as experiências individuais e coletivas. Por outro lado, ocorreu um renascimento do estudo do político e incorporou-se à história o estudo do contemporâneo, valorizando a narrativa, a linguagem, as múltiplas representações e os testemunhos diretos, com o uso de fontes orais, visuais, iconografias, escritas de diversas matizes, entre outras. Contudo, ao historiador sobressaiu-lhe o desafio de escrever a história enquanto os acontecimentos se desenrolam, sendo ele, muitas vezes, testemunha desses acontecimentos ou tendo de conviver com testemunhos vivos, que sob certo aspecto pode condicionar o seu trabalho. Assim, esse Simpósio Temático deseja aprofundar essas e outras questões relacionadas à História do Tempo Presente, visando também estreitar o diálogo entre a História e outras áreas do conhecimento, especialmente a respeito dos debates sobre as dinâmicas sociais, políticas, econômicas e culturais na Amazônia.

Simpósio Temático nº 24

História, Ciência e Natureza

 

Proponentes: Prof. Dr. Wesley Kettle (UFPA) e Prof. Dr. Gabriel Oliveira (IFRN)

 

Resumo: O debate sobre a preservação do meio ambiente e as consequências dos problemas ambientais cada vez mais sentidos nos dias atuais são questões que põem a história ambiental como um campo fundamental para a compreensão do passado de maneira mais ampla diante da complexidade das sociedades e seus diferentes personagens históricos, inclusive os atores não humanos. Este simpósio temático tem como objetivo reunir pesquisadoras e pesquisadores preocupados com o estudo das relações entre sociedade e natureza ao longo do tempo, inclusive considerando o âmbito do ensino. Interessa-nos investigações tanto da dimensão concreta do que chamamos de mundo natural, como também das suas mais variadas representações, usos políticos, percepções, sensibilidades, discursos científicos e utilização tecnológica. Reconhecemos o potencial da história ambiental em dialogar com diferentes áreas do conhecimento, como a arqueologia, antropologia, geografia, geologia, entre outras. Assim, são muito bem-vindos trabalho que desenvolvem reflexões interdisciplinares capazes de alargar nossa compreensão sobre os objetos de pesquisa.

Simpósio Temático nº 25

História, natureza e memória biocultural

 

Proponentes: Prof. Dr. Raimundo Diniz (UNIFAP) e Prof. Dr. Edilson Mateus Costa da Silva (SEDUC)

 

Resumo: Esta sessão temática intenta reunir reflexões, debates e problematizações teórico metodológicas relativas as diversas historicidades que permeiam o processo educacional e o ensino de história em terras tradicionalmente ocupadas. Pretende articular cosmologias, saberes, crenças, biodiversidade e sujeitos autoatribuídos por identidades coletivas (pescadores, quilombolas, seringueiros, ribeirinhos, raizeiros, marisqueiros) em territórios físicos e simbólicos, compreendidos como campos pedagógicos em rios, florestas, campos, várzeas e demais ecossistemas amazônicos.

Simpósio Temático nº 26

Colonização e ultramar: a Amazônia colonial e o mundo atlântico português, séculos XVII e XVIII

 

Proponentes: Prof. Dr. João Antônio Lima (RUMA-UFPA) e Prof. Dr. Raimundo Neto (IFPA)

 

Resumo: O ultramar português foi alvo de diversas políticas da Coroa ao longo do processo de ocupação dos territórios. Contudo, a vida dos agentes que formavam esse mundo colonial por vezes não se dava conforme os ditames do poder central. Nossa intenção é refletir sobre as dinâmicas, internas e externas, que engendraram o processo de ocupação e construção desses territórios, sobretudo com relação à “Amazônia colonial”. Quando falamos em “Amazônia colonial” portuguesa, estamos nos referindo ao antigo Estado do Maranhão e Grão-Pará (eventualmente denominado de Grão-Pará e Maranhão), a segunda possessão da América portuguesa, constituída também pelo Estado do Brasil. Contudo, esta divisão dos domínios portugueses na América vai além da simples questão de nomenclatura. Nesse sentido, este simpósio tem por objetivo analisar as políticas adotadas pela Coroa Portuguesa na colonização desta tão vasta e peculiar região. Não à toa, em vários momentos, a Coroa e seu Conselho Ultramarino, assim como os administradores coloniais, se viram às voltas procurando soluções para impasses novos e tão singulares que nasciam na nova Conquista. Desta forma, neste simpósio, abordaremos essa política de ocupação do espaço a partir dos diferentes prismas que ela engendrava: povoamento, economia, questão militar, religiosa, etc. Para além disso, visamos traçar uma discussão que não trate apenas de examinar as ações da Coroa e das autoridades coloniais, mas igualmente, discutir o protagonismo dos diversos grupos que fizeram parte do  complexo processo de colonização da América portuguesa, como índios, africanos, mestiços, portugueses de diversos estratos sociais e outros europeus.

Simpósio Temático nº 27

História da Educação no Pará: sujeitos, práticas educativas, temas e historiografia

 

Proponentes: Profa. Dra. Clarice Melo (UFPA), Prof. Dr. Marcus Bencostta (UFPR) e Prof. Dr. Sérgio Nascimento (SEDUC-PA)

 

Resumo: Este simpósio temático propõe articular estudos e pesquisas sobre as experiências educativas do Pará e da Amazônia, em diferentes temporalidades do passado em relação com o presente. Com a produção do conhecimento em história da educação em plena expansão, pretende-se fazer deste evento mais um espaço de reunião de pesquisadores/as e de socialização da produção do conhecimento histórico educacional. Considerando-se a educação como uma prática sócio histórica, por onde podemos encontrar experiências, projetos, sujeitos que nos possibilitam refletir sobre a sociedade e a nossa presença no mundo, faz-se necessário ampliar os diálogos  que resultem em problematizações sobre essas práticas, assim como sobre o fazer do/a historiador/a da educação, na escrita dessas histórias. Queremos, portanto, que os debates possam referendar a extensa relevância dos estudos e da pesquisa histórica em práticas educativas realizadas em espaços escolares e não escolares, destacando os sujeitos, os temas, as fontes de pesquisa, considerando a importância dos arquivos, a memória individual e coletiva.

Simpósio Temático nº 28

História agrária em diferentes temporalidades: terra, trabalho e deslocamentos

 

Proponentes: Prof. Dr. Francivaldo Nunes (UFPA) e Prof. Me. Bruno Silva (UFPA)

 

Resumo: O mundo rural vem ganhando espaços nos debates historiográficos, devido ao crescente número de pesquisas desenvolvidas sobre a temática. Com o aumento do debate que envolve questões relacionadas às interfaces da história social com a história política, agrária e ambiental no Brasil, nos recortes regionais, esse simpósio tem por objetivo reunir pesquisadores e pesquisadoras que se dedicam a temática agrária, buscando proporcionar o diálogo e trocas de experiências. O simpósio em tela, orientado pelas questões que envolvem a História Agrária tem, portanto, na terra, trabalho e deslocamentos (migrações) temáticas centrais de discussões. A amplitude temática deste campo perpassa estudos sobre estruturas e processos produtivos no campo, formas de acesso à terra e aos bens naturais, relações produtivas e socioculturais, relações de trabalho no campo (escravidão, agregados e trabalho livre), experiências de colonização, legislação agrária e ambiental, conflitos agrários e disputas por legitimação de direitos, modos de dominação e resistência social, política e econômica no meio rural, processos de ocupação humana do espaço e de construção de paisagens agrárias e relações socioambientais ao longo do tempo, as políticas de desenvolvimento dos espaços rurais, as migrações. Estas questões não apenas serão debatidas, mas que deve permitir a construção de horizontes a serem seguidos de forma a gerar importantes debate em torno da História Agrária em diferentes temporalidades.

Simpósio Temático nº 29

História e Cidade: Narrativas e práticas sociais

 

Proponente: Prof. Me. José Maria Almeida Neto (UFC)

 

Resumo: O presente simpósio temático tem como objetivo discutir as relações entre a história e  as práticas sociais que nas cidades tem seu lugar de atuação pensadas a partir de suas dimensões não apenas materiais, mas também simbólicas. Como nos é ensinado por Michel de Certeau, a cidade “é o local onde uma infinidade de narrativas e práticas emergem para distorcer as linhas do planejado”. Trata-se de um espaço em disputa –constituído tanto por essas intervenções técnicas quanto pelas práticas vivenciadas pela população que se desdobram em novos usos e apropriações destes territórios geográficos e simbólicos que são o centro das narrativas sociais, políticas e culturais, que constrói e reconstrói a cidade de dentro para fora e de fora para dentro. Composta por diferentes sujeitos, experiências, trajetórias, lugares sociais e heterogêneas produções intelectuais, as cidades são modeladas e remodeladas nos processos de urbanização, constituição de novas identidades e reformas políticas e sociais como podem ser identificadas nos centros urbanos, principalmente a partir de meados do século XIX. As cidades e as narrativas formadoras de identidades são pensadas aqui não apenas como palco dessas ações, mas entendidas em seus processos de construção histórica. Entendemos, portanto, que elas não são simplesmente naturais, ou simples cenários do social, mas sim naturalizadas, manipuladas, objetos de poder, questionamentos, reflexões e, ao mesmo tempo, instigantes. Serão contemplados, dentre outras possibilidades, estudos que versem sobre as transformações dos papéis da cidade e dos seus sujeitos; memórias de planejamento urbano e regional; identidades e representações sociais, formação das redes urbanas; análise da transformação da prática sociocultural e urbanística. Neste sentido, caberia aos estudantes e pesquisadores dialogar com os diferentes campos do conhecimento que tomam a cidade como objeto, bem como com os diferentes tipos de agentes/produtores de narrativas sobre o espaço urbano que, assim, expressam, narram ou falam pelas/nas cidades e que, em nosso entendimento, formam, informam e enformam as várias relações e tensões estabelecidas na teia social. Nessas articulações, a cultura deixa de ser pensada como esfera superior, ou apenas como lugar de expressão das manifestações artísticas, “tradicionais ou populares”, para ser entendida no interior do próprio processo social onde os homens arquitetam as suas experiências, espaços e identidades. Por fim, este simpósio pretende contribuir para uma interpretação do espaço urbano, em sua dimensão social, política e cultural a partir de um diálogo entre as diversas experiências de investigação e que têm as cidades como horizonte em comum.

Simpósio Temático nº 30

História, crime e justiça: fontes judiciais e perspectivas de pesquisa

 

Proponentes: Prof. Dr. Aguinaldo Gomes (UFMS) e Profa. Me. Magda Costa (UFPA)

 

Resumo: O objetivo deste simpósio é reunir trabalhos que tenham nos documentos judiciários suas principais fontes de pesquisa. Apesar de se tratar de um acervo cujo perfil supostamente apresentaria apenas informações relativas à esfera e ao exercício do poder, é possível observar a partir desses registros diferentes histórias reveladas nos meandros dos relatos tomados pela Justiça às partes envolvidas e às testemunhas arroladas nos processos de diversas ações motivadas por crimes, conflitos, querelas e demais situações que retratam uma complexa teia de relações engendradas no cotidiano de sujeitos comuns. No campo da história as fontes judiciárias têm permitido a investigação de tensões e conflitos de narrativas sobre temas como escravidão, relações de trabalho, questões de gênero e sobre regimes autoritários, razão pela qual a preservação, pesquisa e problematização de tais acervos são necessárias. Sob a ótica da ciência histórica, estes registros são considerados atualmente imprescindíveis à análise das complexas estruturas sociais e políticas de uma época e de um lugar, trazendo à tona, variadas memórias possíveis de serem recuperadas a partir da escrita do escrivão e das sentenças proferidas pelos juízes. Nas tramas da justiça a população comum salta dos substratos marginalizados, onde a inferioridade e a passividade lhes são inadvertidamente impostas como característica, para ocupar um locus de agência que se aproxima de suas vivências e (r)existências sociais. Nesta perspectiva, temas relativos à história e à memória das instituições judiciárias, suas estruturas de poder, sua relação com a sociedade ou que analisem o perfil e a relevância de seus acervos, são considerados pertinentes para o debate. Assim como também aqueles que historiograficamente fazem do crime, da criminalidade, da violência ou das demais questões envolvendo a polícia e a justiça seu objeto de estudo.

Simpósio Temático nº 31

Escravidão negra e abolição na Amazônia

 

Proponentes: Prof. Dr. José Maia Bezerra Neto (UFPA) e Prof. Me. Luiz Laurindo (UFOPA)

 

Resumo: Este simpósio é vinculado ao Grupo de Estudo e Pesquisa da Escravidão e Abolicionismo na Amazônia (GEPEAM) e visa reunir as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas nos últimos anos sobre a escravidão negra e a abolição na região atualmente conhecida como Amazônia. Aberto a diferentes subtemas, recortes espaço-temporais e perspectivas teórico-metodológicas, esperamos especialmente trabalhos que possam se inserir nas linhas de pesquisa do grupo: economia e população escrava; tráfico transatlântico e interno de escravos; escravidão e mundos do trabalho; escravidão e sertões da Amazônia; escravidão urbana; abolicionismo e Abolição; cotidiano e subjetividades escravas; escravidão, direito e legislação; família, parentesco e sociabilidade escrava; escravidão, abastecimento e alimentação; escravidão, doenças e assistência à saúde; resistências e liberdades na sociedade escravista e no pós-abolição; relações étnicorraciais e ensino de História. Estudos sobre a escravidão negra no vale amazônico vêm sendo desenvolvidos desde o terceiro quartel do século XX e já resultaram em trabalhos hoje considerados clássicos (Vergolino-Henry & Figueiredo, 1990; Salles, 2005). Com a guinada historiográfica das décadas de 1980 e 1990, forjaram-se novas problematizações sobre a temática, que suscitaram novos debates e deram origem a trabalhos acadêmicos sobre diversos subtemas (entre monografias, artigos, dissertações e teses), como a resistência escrava e a inserção dos negros livres e libertos na sociedade escravista (Funes, 1995; Marin & Castro, 1998; Bezerra Neto, 2000; Cavalcante, 2013; Lobo, 2019), escravidão urbana (Laurindo Junior, 2012; Macêdo, 2014; Costa, 2016; Palha, 2019), tráfico transatlântico e interprovincial (Chambouleyron, 2006; Silva, 2008; Silva, 2012; Santos, 2013; Barbosa, 2019), economia e escravidão (Bezerra Neto, 2012; Nascimento, 2017; Barroso, 2017), abolicionismo (Bezerra Neto, 2009; Neves, 2014; Cravo, 2014; Miranda, 2015; Machado, 2019; Frazao, 2019), entre outros (Sampaio, 2011; Bezerra Neto & Laurindo Junior, 2020). Ao mesmo tempo, uma série de preceitos e narrativas originadas em certos trabalhos (Maclachlan, 1974; Santos, 1980; Cardoso, 1984; Weinstein, 1993) e reproduzidas em muitos outros, que até então engessavam as análises, foram sendo paulatinamente desconstruídas, como as que reproduziam que: o vale amazônico seria lócus exclusivo do extrativismo; a presença do escravo de origem africana teria importância apenas nos espaços onde predominou a plantation; escravidão e capitalismo seriam incompatíveis; haveria um vazio africano antes da atuação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão (segunda metade do século XVIII) e após a promulgação da Lei Eusébio de Queirós (1850). Com este simpósio, pretendemos, portanto, incentivar a continuidade dos diálogos atuais (entre estudantes e profissionais já imersos nesta seara temática ou que nela estão adentrando, ligados ou não ao grupo) e releituras historiográficas sobre o tema. O simpósio também se configura como espaço de fortalecimento e ampliação do GEPEAM, que vem reiterando nos últimos anos a importância da escravidão nas mais diferentes espacialidades amazônicas. As pesquisas desenvolvidas no âmbito do grupo, por sua vez, vêm contribuindo para a interpretação de que é inexorável na história da região a percepção e análise dos movimentos, interações e lutas dos escravos, de suas relações com outros segmentos da sociedade, bem como da conexão entre as especificidades da escravidão na região às teias estruturais do sistema escravista.

Simpósio Temático nº 32

História da saúde e das doenças: saberes, discurso médico-científico e políticas públicas

 

Proponentes: Prof. Dr. Érico Muniz (UFPA) e Profa. Dra. Keith Barbosa (UFAM)

Resumo: Este simpósio pretende discutir o campo da História da Saúde e das Doenças em suas diferentes abordagens, com ênfase na convivência de diferentes práticas de cura, do hibridismo de saberes e práticas ao longo dos séculos. A proposta filia-se aos recentes estudos que debatem campanhas de saneamento das cidades, a ameaça e a interdependência provocada pelas epidemias em diferentes temporalidades e a história das instituições e profissões em saúde. Nosso objetivo é, portanto, abordar esses variados temas sobre a saúde e as doenças em perspectiva histórica, especialmente observando a atuação de cientistas e médicos, debatendo a produção de ideias e a ação política ao longo do território. Justifica-se como fundamental o estudo desta temática, considerando que atualmente novas investigações sobre instituições e associações médicas têm sido objeto de publicações, dissertações e teses na área de História. Apesar do tema surgir como assunto tangente em diversos trabalhos, há ainda uma vasta agenda de pesquisa a ser desenvolvida e parâmetros temáticos e cronológicos a serem definidos para a região. Assim, o ST pretende promover um amplo debate sobre as dimensões da saúde e das doenças abarcando diferentes enquadramentos e tendências historiográficas.

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